I’m yours

É engraçado como certas pessoas e situações acontecem de repente, quando a gente menos espera e mesmo assim acabam marcando. Eu estava lá, em uma nova cidade, com alguns amigos e cercada de novas pessoas, esperando me divertir com elas e aproveitar os três dias de – merecido – descanso. Você já estava lá há tempos, era sua escola, seus amigos, sua cidade e a correria de ser organizador de um evento.

Você chegou falando sobre coisas casuais, desde o início implicando comigo e com meus jogos e eu, como sempre, revidando. Embora fosse divertido implicar (e foi assim até o último momento que nos vimos) não precisou de muito para ver o quão doce você era, chegando e saindo rapidamente, me ensinando a jogar capoeira (mesmo eu estando de salto alto) e a imobilizar pessoas que estavam apenas cumprimentando (você sabe que eu nunca vou aprender como se faz aquilo, não sabe?).

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Conversamos sobre várias coisas, a falta de tempo, a diferença das nossas cidades, você me contou um pouquinho sobre a sua vida, eu te falei um pouquinho sobre mim, sobre dança, equipes, você riu e continuou me desafiando, com a promessa de que só acreditaria se visse. Eu mostrei e pude te ver sorrindo para mim, com seu rosto meio de criança, dizendo que nunca teria coragem de se apresentar em público e não o fez.

Mesmo assim, no meio de todas aquelas pessoas que estavam lá, fui a única (tirando as pessoas que passavam) que te ouviu cantar, com um violão semi-desafinado (que você tentava a todo custo arrumar), olhando nos meus olhos. Eu poderia estar lá até agora, ouvindo você tocar minhas músicas favoritas totalmente por acaso. Sempre tive uma ligação muito forte com músicas e pessoas e, pode apostar que cada vez que eu ouvir os acordes iniciais de I’m yours vou acabar lembrando de você.

Nos despedimos com um abraço apertado e eu queria ter pelo menos mais um dia. Não tive, mas te agradeço pelos momentos que, como típica escritora, provavelmente usarei em alguma outra história além da nossa, ou só (só?) por marcar uma das minhas músicas favoritas de uma forma tão despretensiosa, como tinha que ser.

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