Resenha: Black Bear

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Sou uma pessoa de fases, em termos musicais. Quando encontro uma banda boa, é possível que ouça sua discografia por dias sem parar. E, com Mr. Andrew, não poderia ser diferente (lembram que falamos dele um tempo atrás?). O ‘problema’ é que nosso caso durou mais que uma fase, na verdade, suas músicas me acompanharam  enquanto escrevi uma história inteira para um site, permaneceram e continuam presentes naquelas sextas em que a gente só quer ficar no sofá descansando. Só que já fazia muito tempo desde o lançamento de The Ladder, em 2010. Estava mais do que na hora de voltar, certo? Certíssimo. E meu coração agradece.

Black Bear é o novo trabalho do cantor, lançado no fim do mês passado e, ao contrário do que eu temia, a reafirmação do estilo de Andrew de cantar histórias e ‘abraçar’ corações. Sim, eu sei o quão clichê isso parece, mas não consigo deixar de me sentir abraçada.  Inicialmente, estava apreensiva, mas me deparo com uma canção como Sister e volto a acreditar no mundo, tanto que não tenho o hábito de fazer resenhas sobre álbuns, mas não podia deixar de dividir essa maravilha com vocês. “Just close your eyes and free”

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Nos primeiros segundos de Dark Matter me peguei sorrindo. A melodia parecia um sonho, meio tranquila, meio caótica. E essa definição poderia ser dada para o álbum inteiro, Black Bear é uma mescla de antíteses, o tom de voz rouco e calmo que nós já tanto conhecemos (e amamos <3), com batidas animadas e nostálgicas (Pieces, Details, The Enemy,  Wants What It Wants). Um trabalho que agrega novos elementos ao que já parecia ser ótimo. Inacreditavelmente, ficou melhor.

Como se fosse trilha de filme, seus 51 minutos, divididos em onze canções, parecem aquele momento da viagem em que olhamos para a janela e percebemos como o mundo é imenso, ao mesmo tempo que é nosso. É o amadurecimento e a consagração do estilo tão peculiar e, ao mesmo tempo, tão ‘boy next door’ de Andrew. O que resta é esperar que ele desembarque por aqui um dia desses, ou que me teletransporte para o barzinho em que praticamente consigo enxergá-lo cantando, mas temos tempo. E um CD espetacular para devorar enquanto nenhuma das duas hipóteses acontece.

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